O homem de origem humildade, conta que a família sempre enfrentou dificuldades financeiras. O pai de Samuel trabalhava com café e em madeireira, mas a venda era insuficiente.
“Sempre mudamos de cidade e foi difícil nos acomodarmos em uma escola. Cheguei a trabalhar no lixão, engraxando sapatos e vendendo picolé na rua para sobreviver” , comentou Samuel sobre sua infância sofrida.
“Eu não tinha aquela vontade de estudar, não era bom em sala de aula, então não passei da terceira série. Com meus 15 anos eu já não pensava mais em estudar, fui para o garimpo trabalhar, mas eu sempre lia livros, gibis e romances e gostava muito.”
A vontade de voltar aos estudos surgiu quando, aos 40 anos, o homem não conseguiu assumir uma vaga em concurso público por não ter concluído seus estudos.
“Eu só tinha o meu carrinho de pipoca e um terreno pequeno, por isso decidi ingressar em um curso EaD e ir embora para o interior, já que o custo de vida seria menor. Mudei para a Vila de Boa Vista do Cuçari, no município de Prainha, para vender pipoca e, assim, conseguir pagar meu curso.”
Após trabalhar dobrado para pagar seus estudos enquanto se deslocava em viagem de 12 horas apenas para fazer atividades presenciais da universidade, Samuel diz que o esforço valeu a pena.
O homem também agradeceu a esposa e parceira de vida por todo o apoio que ela lhe deu durante a difícil caminhada. Agora ele pretende escrever um livro contando a própria história.
“A vontade é a metade de tudo que você quer conquistar, não tem idade, não tem fronteiras. Temos que persistir, ter amor pelo que queremos” , para Samuel, essa é a chave do sucesso.